quarta-feira, 13 de abril de 2016

Apresentação



Existem óperas compostas em várias línguas representantes de grandes culturas modernas, como a russa, alemã, francesa, espanhola e até mesmo a brasileira, contudo, poucos gêneros artísticos são tão costumeiramente associados à cultura italiana quanto este. Não é difícil identificar a origem da Commedia dell’Arte, no teatro; de gênios como Michelangelo, Da Vinci, Raffaello, Botticelli, nas artes visuais; de Petrarca, Tasso e Alighieri na poesia ou de Boccaccio, Maquiavel e Castiglione na prosa. Além disso, nomes como Fellini, Zeffirelli e Pasolini figuram na lista dos grandes na sétima arte, o cinema.

Assim como o teatro, as artes visuais, a literatura e o cinema, também a ópera é um importante meio de difusão da cultura italiana, da formação de uma identidade pátria e da consolidação de um idioma, senão comum, mas amplamente reconhecível e estudado mundo a fora. Até a mais famosa das óperas brasileiras é em italiano, Il Guarany, pois que o imperador Dom Pedro II financiara os estudos do compositor Carlos Gomes no conservatório musical de Milão. Logo, a relação entre este gênero artístico e a cultura italiana se dá por mútua colaboração, isto é, a ópera colaborou para fortalecer valores patrióticos tanto quanto daquele país provieram importantes contribuições ao desenvolvimento da ópera: Florença se orgulha de ser o berço da ópera, Roma aperfeiçoou os Coros; Nápoles o "bel canto", ou seja, a arte de cantar, e; Veneza a música instrumental.

Os compositores listados são também italianos conhecidos mundialmente no campo operístico e muito famosos do grande público: Gaetano Donizetti (1797-1848), do apaixonante “una furtiva lagrima”; o brilhante Giuseppe Verdi (1813-1901), do popular “la donna è móbile”; Giacomo Puccini (1858-1924), das reconhecidas “Nessun dorma”; e Boito, do festejado Mefistófeles.

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