Dois encontros semanais para apreciar óperas de Donizetti, Verdi, Puccini e Boito, difundindo a cultura italiana e criando um espaço para discussão e reflexão sobre o papel dessa arte na história italiana.
A próxima edição do "Quem tem medo de ópera?" será especial por ocasião do SEPEX.
Nela veremos: Il barbiere di Siviglia; L'elisir d'amore; Nabuco, Il Trovatore, La Traviata, Rigoletto, Otello e Falstaff, com legendas, em formato reduzido e a partir da montagem de várias encenações
1. "O barbeiro de Sevilha"/"Il barbiere di Siviglia". Ópera em 2 atos, composição de Rossini. Libreto de Cesare Sterbini, a partir da peça "Le barbier de Séville" (1775), de Beaumarchais. Primeira apresentação: Roma, 20 de fevereiro de 1816.
2. Ópera em 4 atos de Paisiello. Libreto de Giuseppe Petrosellini, a partir da peça "Le barbier de Séville" (1775), de Beaumarchais. Primeira apresentação: São Petersburgo, 26 de setembro de 1782.
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Ópera baseada na peça de mesmo nome, composta em 1775 por Giovanni Paisiello com muito sucesso, em 1796 por Nicolas Isouard. Contudo, a versão de Rossini é a única a perdurar no repertório operático.
"O barbeiro..." é a primeira das peças da "trilogia de Figaro" do dramaturgo francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, as outras duas são "As bodas de Fígaro", transformada em óper por Mozart, em 1786; e "A mãe culpada". O texto de Beaumarchais estreou em Paris, na Comédie-Française, no Palácio das Tulherias.
Rossini era célebre por seu ritmo rápido de composição, e toda a música do Barbiere foi completada em menos 15 dias, 13, precisamente. A estreia foi um fracasso retumbante: a plateia vaiou e gracejou durante todo o espetáculo, e diversos incidentes prejudiciais ocorreram no palco. Muitos acreditaram que o jovem Rossini, então com 26 anos, demonstrava grande arrogância por decidir compor uma ópera sendo que Paisiello já havia logrado sucesso com aquele texto. Partidários de rivais de Rossini, infiltrados na plateia, incitaram muitas destas manifestações.
Por essa razão, o próprio Rossini, mesmo mantendo o texto de Beaumarchais, decidiu renomear a peça para "Almaviva, ou a inútil precaução", iniciativa esta que não perdurou. A segunda performance foi diferente, e com ela veio o sucesso.
FONTE:
CASOY, Sergio. Óperas e outros cantares. São Paulo: Perspectiva, 2006.
Resumo
O conde Almaviva (ten.) ama Rosina (meio-sop. em Rossini; sop. em Paisiello), protegida do dr. Bartolo (baixo), solteirão empedernido que planeja casar-se com ela. Almaviva persuade o barbeiro e factótum da cidade, Fígaro (bar.), a lhe providenciar um encontro; assim, consegue entrar na casa de Bartolo, disfarçado em soldado em busca de um bilhete. Quando essa tentativa falha, ele retorna, disfarçado como substituto de don Basílio (baixo), padre que é professor de música de Rosina e que Almaviva alega estar doente. Quando o don Basílio verdadeiro chega, é subornado para ir embora, e Almaviva faz planos de fuga.
Bartolo por fim desperta os ciúmes de Rosina ao dizer que Almaviva ama outra mulher; Rosina promete esquecê-lo e casar-se com seu guardião. Quando chega a ocasião da fuga, ela reprova Almaviva, a quem conhece apenas como Lindoro, mas ele a convence de sua sinceridade e revela sua verdadeira identidade. Quando Bartolo chega com os soldados para que estes prendam Almaviva, decobre que, poucos momentos antes, Rosina e Almaviva haviam se casado, tendo então de aceitar a situação.
FONTE:
OSBORNE, Charles. Dicionário de Ópera. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1983.
Sinopse
FONTE:
RIDING, Alan; DUNTON-DOWNER, Leslie. Ópera. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2010.
Libreto
Cenas em destaque
Ato I
Introdução
Coro Piano, pianissimo (Fiorello, Conde, Coro)
Cavatina Ecco, ridente in cielo (Conde)
Seguido da introdução (Recitativo) Ehi, Fiorello?... (Conde, Fiorello, Coro)
Cavatina Largo al factotum (Figaro)
Canção Se il mio nome saper voi bramate (Conde)
Dueto All'idea di quel metallo (Figaro, Conde)
Cavatina Una voce poco fa (Rosina)
Ária La calunnia è un venticello (Basilio)
Dueto Dunque io son... tu non m'inganni? (Rosina e Figaro)
Ária A un dottor de la mia sorte (Bartolo)
Final I:
Ehi di casa... buona gente... (Conde, Bartolo)
Signori miei (Figaro)
La Forza! (Todos, Oficiais e coro)
Guarda don Bartolo (Rosina, Conde, Berta, Figaro)
Stretta (Todos, Oficiais, Coro)
Atto II
Duetino Pace e gioia sia con voi (Conde, Bartolo)
Ária Contro un cor che accende amore (Rosina)
Arieta Quando mi sei vicina (Bartolo)
Quinteto Don Basilio!... (Rosina, Conde, Figaro, Bartolo, Basilio)
Ária Il vecchiotto cerca moglie (Berta)
Temporal
Terceto Ah! qual colpo inaspettato (Rosina, Conde, Figaro)
Recitativo strumentato Il Conte!... ah, che mai sento!... (Conde, Bartolo)
Compareça! Não é preciso inscrever-se, esta atividade não exige pré-requisito.
Estamos começando o curso de extensão "Quem tem medo de Ópera?".
Serão dois encontros mensais, até o final do ano, com duração de 1h30min cada, dedicados a compreender, apreciar e discutir algumas encenações realizadas das óperas de quatro grande compositores italianos do século XIX: Rossini, Donizetti, Verdi e Puccini.
Com isso pretendemos criar mais um espaço de difusão da cultura italiana através dessa arte tão representativa daquela nação e estimular a análise da ópera pela perspectiva cênica.